terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A escrita liberta a alma.

Já lá vai algum tempo que não sarrabisco qualquer coisita por aqui...
Exames, trabalhos, computador, apontamentos, casa, faculdade!
Enfim um reboliço de por a cabeça em água e que deixa qualquer um de rastos.
O tempo corre a um ritmo alucinante e muita coisa é deixada para trás.
Falta-me essencialmente o meu tempo.
Aquele em que deixo de ouvir o tic-tac apressado do relógio e não penso em nada. Ou melhor, nada que me preocupe ou perturbe o meu estado de paz.
Desde ler um bom livro a ficar a olhar para o tecto, desde ler banalidades fúteis a escrever o que me vai na mente.
Sinto falta de escrever por escrever.
Escrever para mim, para os outros, expressar as minhas ideias ou o que interessa a todos.
Escrever.

A escrita liberta a alma.

Escrevemos o que não dizemos.
Refugiá-mo-nos entre letras e palavras ordenadas a um ritmo que por vezes só nós entendemos. Sentimos que a escrita nos protege e ao mesmo tempo nos liberta, efeito jamais conseguido pela dimensão oral.
Quem nunca escreveu um diário?
Quem nunca sarrabiscou cartas, palavras soltas que guardou por vergonha no fundo da gaveta?
Palavras soltas, poemas, textos, riscos e sarrabiscos que tanto dizem de nós, que tão bem nos fazem.


"Quem não vê bem uma palavra não pode ver bem uma alma"

Fernando Pessoa

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