quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Curiosidades - Take 2 ( Especial Natal ) =D

Bem antes de mais nada Feliz Natal a todos =)

Espero que tenham passado todos um óptimo natal com as pessoas que mais adoram, que tenham comido muitos docinhos e chocolates e tenham recebido muitos presentes!

A respeito desta época natalícia decidi deixar aqui uma
pequena pérola sobre o Natal a que todos estamos habituados.


Sabiam que . . .


---> Existem muitos povos que decoram a árvore de Natal de formas diferentes: com maçãs, pequenos biscoitos brancos, com velas, redes de pesca e pequenas bandeiras, com rebuçados de açúcar em forma de bengalas e com as nossas conhecidas bolas brilhantes e luzes.


---> O Pai Natal ( também chamado St Nicholas, St Nick ou Santa Claus) foi um bispo da Ásia Menor do século IV referenciado precocemente quanto às lendas de Natal por salvar marinheiros das tempestades, defender crianças e oferecer generosas prendas aos mais pobres. Embora muitas das “histórias” de Nicholas sejam de autenticidade duvidosa ( como entregar um saco de ouro deixando-o cair pela chaminé ) o que é certo é que a lenda correu a Europa dando-lhe um papel de tradicional "dador" de prendas.


Há sempre alguma coisa para descobrir =)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O que há em mim é sobretudo cansaço




O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,

Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas.

Essas e o que faz falta nelas eternamente;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço, Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:

Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo, Cansaço...

Álvaro de Campos

domingo, 7 de dezembro de 2008

Curiosidades - Take 1

Bem hoje estava aqui a pensar e cheguei à conclusão que era giro trazer algo diferente ...
Depois de muito pensar lembrei-me de uma coisita que é capaz de ser engraçada!
Vou dar-vos a conhecer várias curiosidades sobre diversos temas que vou dedicar-me a pesquisar =D
Espero mesmo que gostem e queiram saber sempre mais!


Sabiam que . . .

Os nomes que se seguem são reais, por mais incrível que possa parecer.
Podem ser encontrados na base de dados de um banco português (balcão do Banco Espírito Santo) em Luanda:

- Liberdade de Jesus Narigueta Perna Torta Banha
- Cidália Calçada Descalça
- Norlinda Rapa Buraco
- Maria Ténia Viu Vultus
- Etelvina Vaca Cabeça
- Joaquim Cuecas
- Luis Fortes Lopes Carago
- Maria Teresa Rabo Bacalhau Molho
- António Agostinho Chouriço Junior
- Maria Bem Grosso
- Joaquim Bagina
- Paulo Puns Dá
- Maria Trombasia
- Ignácio Bufa Bucelato
- Maria Salva Um de Cada Vez
- José de Sousa Rabito Magro
- Maria Augusta Rata Seca

E a vencedora é:

- Maria Salva Um de Cada Vez!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Quem és tu


Quem és tu que assim vens pela noite adiante,
Pisando o luar branco dos caminhos,
Sob o rumor das folhas inspiradas?

A perfeição nasce do eco dos teus passos,
E a tua presença acorda a plenitude
A que as coisas tinham sido destinadas.

A história da noite é o gesto dos teus braços,
O ardor do vento a tua juventude,
E o teu andar é a beleza das estradas.


Sophia de Mello Breyner Andresen

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O tempo passa a vida a passar

O tempo passa a vida a passar. E passa. E nós, por vezes limitá-mo-nos a observá-lo passivamente, como meros espectadores desta realidade cronometrada que nos envolve.

O toque do despertador, da sirene dos bombeiros, de uma ambulância ou da buzina de um carro, são pequenos exemplos de alertas do quotidiano que nos vão chamando, muitas vezes, à atenção para a existência dessa mesma realidade activa e dinâmica.

Quantas vezes já aconteceu a cada um de nós ir na rua distraído e, de repente, lembrar-se de algo que tinha sido temporariamente esquecido, como o aniversário de alguém, um encontro marcado ou um trabalho a entregar? Esta situação deve-se, essencialmente à falta de noção do tempo que possuímos, agravada pelo contexto sociocultural português. Esta é uma característica típica do nosso povo, literalmente traduzida pela aplicação contrária do provérbio “não deixes para amanhã o que podes fazer hoje”. O português vai “deixando”, até ser encurralado pela pressão do factor tempo que condiciona a concretização atempada e pelo “pânico de última hora”.

Certo é que cada pessoa é única e nem todos nos enquadramos nesta generalidade social, visto que ainda há quem dê primazia à organização e gestão das suas actividades, de modo a que a coordenação do tempo seja eficaz. Porém, as pessoas põem cada vez mais de parte qualidades como o empenho, a dedicação, o entusiasmo e a entrega no papel que desempenham; assim, fazem com que os minutos, as horas e os dias vão passando sem que surja a necessidade de cumprirem desafios a cada momento que passa, de sentirem a opulência do tic-tac do relógio que não pára, seja qual for a situação.

Deste modo, talvez fosse melhor começarmos a pensar melhor na postura que assumimos na nossa vida perante algo que está sempre presente, embora muitas vezes nem nos apercebamos: o tempo.

Diana Sousa

Viver ou morrer ?

A vida é um valor demasiado elevado para que consiga questionar o que quer que seja!





Sociedades de Eutanásia Activa

A Holanda e a Bélgica são os únicos países no mundo com uma lei de eutanásia activa, no entanto, o estado Oregon nos EUA tem uma lei particular. Embora apliquem leis diferentes, há limites à autonomia do indivíduo, como diz Miguel Ricou “ele não pode em qualquer circunstância dizer “eu quero que me matem”.

Na Holanda e na Bélgica, a eutanásia resulta de um processo de doença incurável, mas não terminal, do qual resulte um sofrimento insuportável. Implica um pedido consistente e insistente do doente mas depois todos os factores são avaliados.

No estado Oregon apesar de também haver um processo de doença incurável com sofrimento e de haver a avaliação desse processo, caso seja aceite, é receitado um cocktail de medicamentos ao doente que o toma e morre. Para Miguel Ricou, este tipo de eutanásia é ainda mais discutível, pois “a diferença entre este tipo de eutanásia e o suicídio assistido é que o indivíduo quer morrer."

Miguel Ricou ilustra da melhor maneira a importância dos limites...

Miguel Ricou.mp3 -

Diana Sousa

Miguel Ricou: Questões Éticas

Miguel Ricou é licenciado em Psicologia Clínica pelo Instituto de Ciências da Saúde Norte, mestre em Bioética pela Faculdade de Medicina do Porto e doutorando na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. Está ligado à Faculdade de Medicina há oito anos, onde é docente na área da Bioética e Ética Médica e desenvolve a sua actividade clínica que considera ser a sua “paixão”.

Começou a interessar-se pela Bioética por considerar ser uma área muito fronteira com a psicologia. Para Miguel Ricou a ética é a ciência da relação, e sendo a ética a ciência da relação, transdisciplinar, vai beber um bocadinho a todas as ciências”. Assim sendo, a eutanásia é um assunto com que se cruza a cada dia pelas questões que levanta ao nível da Bioética e Ética Médica.

Uma das maiores preocupações para o médico é resolver a questão de um pedido de eutanásia e esta passa obrigatoriamente pela noção de voluntariedade. Como refere Miguel Ricou “num mundo como o nosso achamos que só porque não produzimos já somos inúteis”, logo ninguém pode garantir que um pedido de eutanásia seja realmente voluntário ou, por outro lado, “ aquilo que o indivíduo quer porque não aguenta o sofrimento, ou mesmo porque a obrigação que sente de tomar uma decisão leva-o a agir”.

Todos temos o direito de viver com dignidade, mas também de morrer com dignidade com o apoio de quem nos é mais próximo. Para que isso seja possível, a solução passa por criar mais unidades de cuidados paliativos em Portugal e dar assim melhor qualidade de vida aos doentes terminais, pois como diz Miguel Ricou “se houvesse muito bons cuidados paliativos os pedidos de eutanásia seriam residuais”.

Diana Sousa

"Há pessoas que querem morrer"


A eutanásia é um debate incontornável no séc. XXI. A medicina avançou de forma extraordinária, mas a questão sobre os limites da vida continua por esclarecer.

É fundamental que dentro de uma sociedade o valor da vida seja respeitado. Tendo em conta os valores e os princípios da ética médica, a vida do indivíduo de ser sempre salvaguardada acima de tudo, mas mantendo a noção de que cada caso é único e deve ser ponderado de acordo com as condições que o envolvem.

Segundo Miguel Ricou, Professor na Faculdade de Medicina do Porto, na área de Bioética e Ética Médica e membro da Associação Portuguesa de Bioética, “o conflito coloca-se entre o dever do médico salvar a vida e o de aliviar o sofrimento”. É certo que uma reflexão séria sobre a eutanásia começa obrigatoriamente por assumir, à partida, que a eutanásia é sempre activa e voluntária. Voluntária porque alguém manifesta vontade de ser morto e activa porque outra pessoa recebe esse pedido e o executa. No entanto, a manifestação dessa vontade é relativa, logo tem de haver a consciência de que “numa sociedade onde existe a eutanásia temos que matar pessoas que queriam continuar a vivas”.

Um doente que se encontre em fase terminal, chegado ao seu limite, pode fazer um pedido desesperado de eutanásia. Contudo, ninguém garante que se o doente tivesse tido mais cuidados este desejo se teria manifestado. Deste modo, Ricou defende que “vai haver sempre situações onde se vão construir potenciais injustiças”, logo o que deve ser discutido é “se nós achamos que é razoável, se é melhor viver numa sociedade com uma lei de eutanásia activa ou numa sociedade onde essa lei não exista”. Esta questão é muito complexa e torna-se impossível equilibrar a balança dos prós e contras relacionados com a eutanásia, bem como encontrar o lado para o qual pende mais.

Apesar de tudo há uma certeza, como diz Miguel Ricou “há pessoas que querem morrer” e isso todos temos de respeitar.


Diana Sousa

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Primeira Sarrabiscadela xD

Bem, parece que finalmente me dignei a criar o meu cantinho...
Pronto, confesso que as circunstâncias me deram um empurrãozito, já que tenho de publicar para aqui uma entrevista para Online e blá, blá, blá que isso não interessa nada... Mas uma vez que o mal está feito agora vamos a isto!
Vou deixando por aqui os meus sarrabiscos racionais ou irracionais, sentidos ou meros desabafos, também pouco importa. Espero que gostem (ou então não) mas que não fiquem indiferentes!
Sempre que puder vou sarrabiscando aqui e ali, o que me passar pela cabeça. Queiram também fazer parte deste rascunho e deixem a vossa marquinha!

Welcome to My Draft =D